quinta-feira, 31 de março de 2011
terça-feira, 29 de março de 2011
Brigando com a balança...
Sempre tive complexo de ser magra. Quando era criança me olhava no espelho e via MAGRA. Então eu comia. Enchia o prato no almoço, comia sempre o pacote todo de biscoito e jantava miojo. Tudo para não ser magra. Mas para minha mãe eu sempre fui gorda. Nunca me deixou repetir o prato nem comer biscoito recheado ou balas ou refrigerante. A primeira vez que ela me deu um ovo de páscoa foi quando fiquei diabética e ganhei um ovo diet.
Fui crescendo, comendo e engordando. Com 14 anos pesava 51kg. Ainda assim me achava magra, mas para minha mãe eu estava obesa. Com 15 anos fiquei diabética e comecei a aplicar insulina o que me fez engordar
Voltei a praticar atividades físicas e consultei com a nutricionista, para perder esses quilinhos adquiridos. A nutricionista me perguntou o quanto eu gostaria de pesar e eu disse 58kg. Minha mãe quase me bateu e disse “50kg! No máximo 52kg!!”. Para chegar a um consenso, ela estipulou que eu chegaria a 55kg, para que as duas ficassem felizes. “Vou sumir!”, pensei. Mas para não discutir com minha mãe, aceitei a meta.
Hoje estou pesando 58kg, o que para mim é ótimo. Porém sou acordada com um “você está enoooormee!” todos os dias. Recebo ligações de 2 em 2 horas perguntando que horas vou fazer esteira e sou convidada a fazer ginástica diariamente. Ao mesmo tempo escuto “não emagreça, pelamordedeus” de todas as outras pessoas que conheço.
Acontece que cansei. Cansei mesmo. Não agüento mais ser chamada de gorda. A única pessoa que eu gostaria que me achasse bonita é a minha mãe. O resto pode me achar feia à vontade. Se para ela me achar bonita tenho que ficar feia, paciência. Emagrecerei. Virarei um palito. Ficarei horrorosa. Pelo menos poderei dizer: “minha mãe me acha linda!”.
domingo, 27 de março de 2011
A Sra. Dona Hipoglicemia me visita novamente
Alguns de seus sintomas são:
§ Atividade mental anormal, prejuízo do julgamento
§ Indisposição não específica, ansiedade, alteração no humor, depressão, choro, medo de morrer
§ Negativismo, irritabilidade, agressividade, fúria
§ Mudança na personalidade, labilidade emocional
§ Cansaço, fraqueza, apatia, letargia, sono, sonho diurno
§ Confusão, amnésia, tontura, delírio
§ Olhar fixo, visão embaçada, visão dupla
§ Atos automáticos
§ Dificuldade de fala, engolir as palavras
§ Ataxia, descoordenação, às vezes confundido com embriaguez
§ Déficit motor, paralisia, hemiparesia
Hoje eu tive mais uma crise de hipoglicemia. Almocei às 11h30, apliquei as 4 unidades de insulina ultra-rápida [Apidra] e fui para o computador ver J-drama. Empolguei tanto no seriado que acabei me esquecendo de lanchar 3 horas depois. Percebi que já eram 16h e fui para a cozinha comer, quando minha mãe chegou em casa e me xingou por não ter arrumado minha cama direito e por não conseguir achar um programa que ela havia pedido no computador. Fiquei nervosa e acabei deixando o lanche de lado. Um tempo depois, começaram a vir os sintomas da hipoglicemia.
Primeiro a senti chegando. Calafrio, tremor. Estava tão perto que quase pude vê-la. Capa preta, foice em punho. Sua mão esquelética tentou segurar a minha e eu deixei. Meus braços pararam de tremer e pareceram leves. Meus dedos só se moviam quando eu punha toda a minha concentração neles, mesmo assim dançavam no ar, ignorando minhas ordens. Medi minha glicose: 50 mg/dl. Ela beijou minha cabeça e me bateu um sono imediato. Abaixei a cabeça e fechei os olhos. Lembrei que deveria comer algo e tentei me levantar, mas minhas pernas estavam muito pesadas e caí no chão. Tive vontade de dormir e fechei os olhos. Senti que ela me observava e levantei o mais rápido que pude me apoiando na cama. Meu quarto girava e percebi que meus óculos não faziam a menor diferença e os joguei de lado. Concentrei-me em minhas pernas e consegui caminhar até a sala. Do corredor pude ver que minha mãe lavava a cozinha. Foi então que ouvi sua voz. Ela me dizia para não entrar na cozinha, pois minha mãe estava lá e ia me xingar por estar atrapalhando. Ao mesmo tempo algo me dizia que cozinha = comida e que comer era o único jeito de fazer a Sra. Dona Hipoglicemia ir embora. Meu cérebro ficou confuso e fiquei paralisada no meio da sala. Dava um passo para frente e outro para trás.
Minhas pernas ficaram fracas e sentei no braço da poltrona. Olhei fixamente para ela. Ela me sorriu. Eu sorri de volta. Minha me viu na sala e me xingou, pois eu deveria estar espanando a casa. Depois percebeu que eu olhava fixamente para a parede e falou alguma coisa comigo. A essa altura eu já não conseguia mais entender o que minha mãe dizia e muito menos tinha forças para pensar em uma resposta, então continuei olhando para a Sra. Dona Hipoglicemia que não parecia querer soltar a minha mão. Minha mãe perguntou se eu estava passando mal. Fiquei feliz por entender o que minha mãe dizia e e a olhei fixamente, tentando pensar em uma maneira de conversar. As palavras fugiram da minha boca e as lágrimas desceram involuntariamente. Minha mãe perguntou se eu estava com hipoglicemia e eu balancei a cabeça com sinal positivo. Mandou-me sentar no sofá e eu o fiz, sem tirar os olhos da senhora que me olhava, esperando que ela me levasse, sabe-se lá para onde. A primeira coisa que pensei foi “Pare de enrolar e leve-me logo.”
Minha mãe me deu biscoitos de chocolate e uma maçã. Comi e senti minha cabeça pesada. Encostei-me ao sofá e dormi. Minha mãe me acordou imediatamente com o glicosímetro na mão. Minha glicose subiu para 71 mg/dl. Meus braços voltaram a tremer. A sala ficou um pouco mais clara. Fiquei de pé e caminhei até meu quarto. As paredes pararam de girar. Tudo voltou ao normal. Ela havia ido embora. E espero que não volte nunca mais.
sábado, 26 de março de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
"Kimi ga ikite iru kara..."
terça-feira, 22 de março de 2011
Boa tarde, terça-feira!
Hoje é o dia da semana em que posso dormir até 8h30, mas como minha mãe não sabia disso, me acordou às 6h25, interrompendo meu mais profundo sono. Depois de explicar que só tinha aula às 10h, voltei até a dormir, mas só até 6h45, quando recebi uma mensagem. Poderia ignorar e continuar a dormir, certo? Errado! Abri um sorrisão e pulei da cama. 32 mensagens depois, tomei um banho e liguei o computador, pois já que estava acordada aproveitei para ver o Live Action de Beck (que ficou muito foda, por sinal). Empolguei com o filme e perdi o ônibus, fato que me fez chegar 10 minutos atrasada para a aula de Bioquímica.
Tentei entender o Ciclo de Krebs com todas as minhas forças, mas todo esse esforço só me fez ficar com dor de cabeça. A aula acabou mais cedo, o que fez com que meu desespero por não estar entendendo nada se abrandasse.
Voltei para casa ouvindo ‘In Utero’, do Nirvana [o que tenho feito freneticamente nos últimos dias]. No ônibus tive tempo de sobra para admirar o céu de outono, azul, fresco e com nuvens pintadas de alaranjado.
Chegando em casa fui preparar meu almoço. E que tragédia! Comi Nuggets murcho com arroz molhado. Olhando para a aguinha do arroz [que a esse ponto já estava encharcando o pobre Nuggets], refleti sobre a minha vida e sobre minhas preocupações. Talvez eu deva só tomar um chá. Um chá para todo mundo relaxar...
domingo, 20 de março de 2011
Time may change me, but I can't trace time...
Não sou do tipo de pessoa que gosta de inovar. Vivo no comodismo. Acontece que ultimamente têm acontecido várias mudanças tanto ao meu redor, quanto no meu interior. Mudei a forma de pensar sobre várias coisas, mas sem mudar minha forma de agir. O que antes achava errado ou simplesmente não entendia, agora não parece tão complicado ou proibido. Mesmo com tantas mudanças, continuo igual. Sinto como se nada tivesse mudado. O pensamento mudou, o sentimento mudou, mas eu não mudei.
Eu costumava ter muito medo de mudanças. Meu maior trauma foi mudar de escola quando era pequena. Ao final do 3º ano, fiquei morrendo de medo! Sabia que minha vida mudaria completamente! Mas a mudança foi tão para melhor que o medo passou. Pensei que nunca mais veria meus amigos, com quem antes me encontrava todos os dias. Pensei que não faria amigos na faculdade [principalmente por só ter meninas na minha sala]. Fiz amigas e passei [por incrível que pareça] a ter mais contato com meus amigos do colégio do que tinha antes! Passei a freqüentar a casa deles e a sair com eles nos finais de semana. Conheci a família deles, os namorados e namoradas, e eles conheceram a minha família também. Passei a conversar com eles assuntos que nunca esperava conversar com ninguém!
Aprendi a não ter medo de mudanças. Elas podem ser positivas! Ontem aconteceu mais uma mudança boa: mudei de faixa no Taekwondo! :D Agora sou faixa azul!
Para celebrar, então, as mudanças atuais, deixo vocês com ‘Changes’, do David Bowie!
sexta-feira, 18 de março de 2011
terça-feira, 15 de março de 2011
Rotina
É difícil voltar para a rotina depois de 3 longos meses de férias. Essas foram as férias mais intensas da minha vida. Fiz tanta coisa que quando olho para trás e penso em tudo que aconteceu fica difícil acreditar que se passaram apenas 3 meses. Quem eu era no dia 10 de Dezembro de 2010? Uma menina tola que fingia para si mesma que estava feliz. Logo eu que já sabia bem o que é essa tal de Felicidade, me fiz enganar acreditando que era ela entrando pela janela junto com o sol. O sol ficou e a ‘felicidade’ foi apagada.
Dezembro foi um mês bom apesar de tudo. Tive girl talks, tirei carteira de motorista, fui a festinhas na casa dos amigos, enfim, curti bastante! Quando chegou o Ano Novo eu já tinha me lembrado do que era a Felicidade e acredite, já estava conseguindo senti-la de novo.
Janeiro de 2011 começou com um grande FAIL. Mas as coisas foram se encaixando e ficou tudo bem. Ao longo do mês foram acontecendo inúmeras coisas boas, surgiram algumas surpresas e além da Felicidade eu encontrei o Amor.
Fevereiro foi um mês animado! Estar com a família para mim é sinônimo de alegria e curtição. Principalmente quando se tem uma penca de primos que te entendem completamente [inclusive quando você está com vergonha de pedir mais comida no boteco! xD].
Março. Fim de férias + carnaval. O mês está na metade e já posso dizer que ele será inesquecível para mim. Fiz tudo que nunca imaginaria fazer na vida. Quebrei tabus, desafiei as regras e princípios e me surpreendi quando vi que no final deu tudo certo. Mais que certo. Tudo saiu perfeito. Melhor do que eu imaginava.
Agora estou triste, pois cresceu um sentimento em mim que já era bem grande. Era um gigante e agora é monstruosamente enorme. O nome dele é Saudade.
Eu, como boa admiradora de Ichihara Yuuko [personagem de xxxHolic] sei bem que tudo na vida tem um preço. É a troca equivalente. Muita Felicidade = Muita Saudade.
Mas tudo bem. Agora vou voltar para meu dia-a-dia cheio de aulas e ônibus lotado e conviver com essa Saudade louca. Quem sabe até alimentarei ela mais, para ficar bem gorda e, quando chegar a hora, trocá-la de novo por uma montanha de Felicidade fresquinha e cheia de Amor! =D