Click. Você se liga. Pensa, pensa, pensa, mas não chega a uma conclusão. O que pode ter dado errado, se você fez tudo certo? Você pensa, tenta pensar no que poderia ter sido feito diferente. E aí você vê que todo o esforço não valeu para nada. Quase dar certo é a mesma coisa que dar muito errado. E aí nada faz sentido.
Porque todo o stress, a dor de cabeça incessante? Para que as noites sem dormir, rolando na cama de preocupação. Brigas sem motivo, explosões de raiva por causa de uma bobeira qualquer. Tudo para chegar ao nada. Pelo menos uma coisa é certa: você não se preocupou a toa. Tudo que poderia dar errado deu. E tudo que você deixou de fazer passou. Os dias não voltam mais. Perdeu tempo. Fim.
Você não viu seus parentes, não visitou seus primos. Deixou de ir nos aniversários, comemorações e festas. Seus amigos nem lembram mais do seu nome. Tudo isso pra que? Tudo que fica é o sentimento de que você é e sempre será um perdedor. Não adianta ser bom, tem que ser melhor. Mas não só melhor, muito melhor.
Não adianta negar, você chegou ao limite. A dor de cabeça está aí, para não te deixar ter dúvidas. É como um corredor que não aguenta correr nem 5 minutos, mas tem que correr a maratona. E quando chega no km final, ele não consegue se lembrar o motivo de estar correndo. A vontade que ele tem é de sentar no meio fio e acabar com todo o sofrimento.
O limite te dá duas opções: continuar se esforçando ou chutar o balde e relaxar. Você opta por continuar, afinal sempre há aquela pontinha de esperança de que tudo vai dar certo dessa vez.